Sem ofender
«Por quanto tempo poderemos amá-los, a esses jovens, sem
os ofender? Esta alegria de noutros corpos sermos ainda alguma juventude, como guardá-la, sem a
degradar?». Não cheguei ainda à idade de Eugénio de Andrade quando escreveu este poema, e temos gostos diferentes, mas no mais é exactamente assim: como amar e «guardar» sem degradar nem ofender? Como é que isso se faz, a meio da vida?