6.11.13

Uma borboleta

Eras uma miúda inocente até eu pegar em ti.
E aquele sofrimento que escondias
estava à espera de vir à luz num quarto às escuras.
E tu voaste como de encontro a uma lâmpada
uma borboleta.

Sabes que nunca conheces bem o amor, nem a infelicidade,
mas então descobres que são como vinho e champanhe,
podes beber um pouco mais, e depois dói um pouco menos,
e sentes borboletas debaixo do teu vestido.
E as tuas promessas tornam-se mentiras,
e então voas como
uma borboleta.

E agora aqui estou, minha querida, no teu lado da cama,
com a cabeça cheia de pensamentos impuros.
E penso no amor, pois é, e no raio do sofrimento,
e gostava de me sentir bem outra vez com uma só uma
borboleta.


[«Butterfly», álbum Don’t Get Weird on Me Babe (1991); versão PM]