Trenta due, quattro, ventinove
Na entrevista que deu ao Expresso, Claudio Magris lembra as memórias mínimas que nunca se apagam, e que ainda comovem. E eu que andava justamente a pensar em memórias que nunca se apagam, e comovem, e que às vezes, justamente, parecem mínimas. Magris dá como exemplo o número de telefone da sua coleguinha de carteira, primeiro amor, ainda nem-adolescente: 32429. Declama: «Trenta due, quattro, ventinove». E pergunta: «Tem uma bela música, não tem?».