Nobelkommitté
É possível que o Nobel da Literatura de 2013, que será entregue depois de amanhã, vá para um dos «nobelizáveis» do costume, autores que conheço mal como Kadare, Oz, Nooteboom ou Bei Dao; ou de quem não gosto especialmente, como Adonis e Murakami; ou que não faço ideia quem sejam. Quanto aos meus favoritos, escolheria este ano Alice Munro ou Javier Marías. E qualquer dos americanos estaria bem, a começar por Roth. Não acredito que dêem a medalha a Stoppard ou a Kundera, até pelas razões óbvias. Nem a Rushdie, porque quem tem cu tem medo. Mas Magris seria uma opção civilizadíssima. E gostaria de ver premiados autores menos óbvios mas muito impressionantes como o húngaro Péter Nádas ou o norueguês Kjell Askildsen. Dos poetas mais falados preferia, talvez por esta ordem: o senhor Robert Zimmerman, o polaco Zagajewski, o americano Ashbery, o francês Bonnefoy (apesar de ser um chato) e o coreano Ko Un, aquele sujeito que anda a escrever um poema sobre cada uma das pessoas que já conheceu.