ATRAVÉS DA ÁGUA
Lago negro, barco negro, duas figuras negras recortadas.
Para onde vão as árvores negras que bebem aqui?
As suas sombras invadem o Canadá.
Uma pequenina luz atravessa as flores de água.
As folhas não querem que tenhamos pressa:
são redondas e rasas e cheias de conselhos sombrios.
Tremem nos remos mundos frios.
O espírito da escuridão está connosco, está nos peixes.
Um ramo na corrente levanta, em despedida, a mão pálida;
as estrelas estão abertas entre os lírios.
Não ficas cega com estas sereias sem expressão?
Este é o silêncio das almas estarrecidas.
[«Crossing the Water», de Sylvia Plath, versão PM]
Para onde vão as árvores negras que bebem aqui?
As suas sombras invadem o Canadá.
Uma pequenina luz atravessa as flores de água.
As folhas não querem que tenhamos pressa:
são redondas e rasas e cheias de conselhos sombrios.
Tremem nos remos mundos frios.
O espírito da escuridão está connosco, está nos peixes.
Um ramo na corrente levanta, em despedida, a mão pálida;
as estrelas estão abertas entre os lírios.
Não ficas cega com estas sereias sem expressão?
Este é o silêncio das almas estarrecidas.
[«Crossing the Water», de Sylvia Plath, versão PM]