Vem no Hirschman
Já passei por essas situações em «organizações» e em organizações a dois: a deterioração é tão grande que exige uma de três estratégias. Há a «saída», a «voz» (contestação) e a «lealdade». Esta última corresponde à tentativa de retardar a «saída» e de dar espaço à «voz». Onde não sigo Hirschman é na noção de «lealdade», que, parece-me, não passa de um dique, pois mais tarde ou mais cedo todas as soluções dependem da «voz» (cansativa, inútil) ou da «saída» (fácil, precoce). E, claro, nenhuma «voz» e nenhuma «saída» resolvem coisa alguma. De modo que a «lealdade» supõe uma fé. E a fé é sempre a primeira a morrer.