30.12.12

2012: Livros

Os Anjos Nus, A. M. Pires Cabral, Cotovia
Os Cães de Tessalónica, Kjell Askildsen, Ahab
Contos, Luigi Pirandello, Relógio D’Água
Contos Completos, Lydia Davis, Relógio D’Água
Contos da Infância e do Lar (3 vols.), Jacob e Wilhelm Grimm, Temas e Debates
Contos Naturais, Carlos Fuentes, Porto Editora
Nos Sonhos Começam as Responsabilidades, Delmore Schwartz, Guerra & Paz
A Palavra do Mudo, Julio Ramón Ribeyro, Ahab
Rashōmon e Outras Histórias, de Ryūnosuke Akutagawa, Cavalo de Ferro
Novelas Nada Exemplares, Dalton Trevisan, Relógio D’Água

Romances colossais e ensaios histórico-políticos dominaram o ano, de Foster Wallace a estudos sobre o salazarismo, o euro, as esquerdas. Géneros comercialmente «menores», como a poesia e o conto, tiveram uma visibilidade mais reduzida. Na poesia, foram publicadas várias obras completas importantes (Pina, Graça Moura, Daniel Faria) e uma antologia de Tranströmer, deixando os não-consagrados às editoras pequeníssimas (e imprescindíveis). Optei por destacar aqui dez óptimos volumes de contos: de clássicos (os Grimm, Pirandello, Akutagawa) a revelações recentes na edição nacional (autores já desaparecidos, como Schwartz, Ribeyro ou Fuentes, de quem conhecíamos apenas a obra romanesca; e outros vivos, como o pessimista radical Askildsen e a originalíssima Lydia Davis). Finalmente, por causa do Prémio Camões, redescobrimos Trevisan, enquanto Pires Cabral publicou mais uma notável colectânea de histórias.